Aprenda o que é o controle biológico de pragas no cultivo protegido.
O Brasil é um país reconhecido mundialmente por seu agronegócio. Tanto as exportações quanto o comércio interno fazem do país um dos maiores produtores de alimentos ao redor do mundo. No entanto, para manter um alto nível de produção constantemente, é necessário o uso frequente de defensivos agrícolas, assim como de agrotóxicos e pesticidas.
Clique Aqui para ouvir a entrevista que dei à rádio EBC para aprender mais acerca desse assunto.
Embora o uso de tais produtos já esteja enraizado na cultura agricultora brasileira, diversas pesquisas começaram a demonstrar as consequências do uso de produtos químicos em alimentos. Sendo assim, técnicas milenares voltaram a ser utilizadas na agricultura orgânica e convencional, além de serem tecnologicamente adaptadas para melhor atenderem a necessidade do produtor.
O Que é o Controle Biológico?
O controle biológico é uma das formas naturais de solucionar problemas com pragas em grandes plantações. A técnica tem como base o uso de inimigos naturais das pragas, fazendo com que o equilíbrio seja adquirido sem a intervenção química e da maneira mais natural possível. Também podem ser utilizadas armadilhas naturais para o controle de pragas no cultivo protegido. Assista o vídeo:
Os organismos utilizados para o controle biológico variam de acordo com a necessidade da plantação. Cada planta necessita de um combatente específico, que não prejudique seu desenvolvimento e que consiga erradicar a presença de insetos, ervas daninhas ou outros tipos de doenças.
Quais Organismos Utilizar no Controle Biológico
Existem três alternativas de organismos para o controle biológico: os predadores, os parasitoides e os patógenos. Ou seja, animais que vêm nas pragas uma presa fácil e necessária para sua sobrevivência, organismos que necessitam do hospedeiro para manter-se vivo durante um período e microrganismos que se reproduzem no interior do hospedeiro causando infecções, no caso, vírus, bactérias e diversos fungos.
Lagarta do Cartucho
Por ser um grande produtor de milho, o Brasil é obrigado a lidar com duas pragas muito comuns, a lagarta do cartucho e o pulgão. Esses pequenos agentes conseguem devastar toda uma plantação, interferindo na economia e no desenvolvimento social.
O controle de lagartas e pulgões vem sendo realizado através da inserção de seus inimigos naturais como o tesourinha, além de conciliar o controle biológico a produtos orgânicos como Agree e Óleo de Neem.
Vantagens do Controle Biológico de Pragas
O controle de pragas é necessário para que a plantação consiga desenvolver-se de maneira saudável. Contudo, inserir produtos químicos constantemente faz com que o alimento perca suas principais propriedades, oferecendo também o risco do desenvolvimento de futuras doenças em seus consumidores.
O controle biológico no cultivo protegido, utiliza recursos naturais e armadilhas que não prejudicam o meio ambiente e que, em longo prazo, se apresentam mais acessíveis que os outros agrotóxicos. É possível associar diversos insetos em uma plantação para realizar um manejo integrado de pragas presentes naquela lavoura, tendo assim uma forma natural e mais rápida de erradicação de pragas. Abaixo um exemplo de armadilha com cola:
Desvantagens do Controle Biológico de Pragas
Embora o controle de pragas seja uma alternativa, alguns dos organismos utilizados para combater ainda são de difícil acesso para a maioria dos produtores. Também vale ressaltar que o controle biológico não consegue garantir sozinho a erradicação total das pragas, é fundamental que a planta seja sadia para evitar pragas e doenças e o primeiro passo para tal é fazer a adubação correta do solo.
Controle Biológico e a Agricultura Orgânica
Os danos causados pelo uso de agrotóxicos e outros produtos químicos em grande escala é incalculável para o solo e para o alimento. Utilizar opções sustentáveis como o controle biológico ajuda a combater pragas, além de ser mais sustentável a longo prazo.
Tanto o combate de pragas natural como a agricultura orgânica vem ganhando cada vez mais espaço no mercado brasileiro, aos poucos as técnicas com produtos químicos se tornarão ultrapassadas, inviáveis e insustentáveis para os agricultores orgânicos ou convencionais.
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